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Fugir do local do acidente é crime, mesmo quando não há vítimas

Fugir do local do acidente é crime, mesmo quando não há vítimas

Causar um acidente e fugir do local é crime. A previsão está no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Entenda!

Paula Batista- 

Assessora de imprensa

Fugir do local do acidente é crime, mesmo quando não há vítimas.  Conforme previsão do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), essa atitude caracteriza fuga à responsabilidade penal ou civil que possa ser atribuída ao condutor, e pode gerar detenção de seis meses a um ano ou multa de acordo com o artigo 305.

Mesmo a previsão não sendo nova, muitos debates ocorreram nos últimos anos nos tribunais brasileiros. A alegação era de que esse crime seria inconstitucional, pois implicaria que a pessoa criasse provas contra si mesma, o que seria ferir um direito fundamental. A discussão chegou até o Supremo Tribunal Federal, em 2020, que fixou o entendimento de que não se trata de uma questão inconstitucional.

Decisão STF

O professor e advogado Gabriel Habib explica que o STF entendeu que, nesse caso, não se trata de um direito individual.

“Exige-se que a pessoa fique ali para colaborar com a investigação penal e também eventual apuração de responsabilidade civil. O bem tutelado é administração da justiça, que fica prejudicada pela fuga do local, uma vez que impede sua identificação, e consequente apuração do ilícito para fins de se promover a responsabilização”, diz. E completa: “pode até acontecer de que permanecer no local seja atestar, confirmar, que a pessoa não teve nenhuma contribuição no evento lesivo, naquele acidente, naquele resultado. Pode haver testemunhas, então, não obrigatoriamente, a pessoa ficar no local do acidente vai se autoincriminar”, explica.

Contudo, quando há vítimas, o condutor que fugir também infringe o artigo 304 do CTB, que prevê infração para quem deixa de prestar imediato socorro à vítima ou solicitar auxílio médico. Além disso, o condutor também responde criminalmente por todas as ações que o acidente possa gerar. Uma delas, por exemplo, é o homicídio culposo no caso de óbito da vítima.

Levantamento do Respeito à Vida, programa da Secretaria de Governo do Estado de São Paulo, coordenado pelo Detran SP, mostra que o risco de morte em acidentes de trânsito triplica quando há fuga do condutor.

Em 2020, cerca de 85% dos acidentes com abandono do local pelos condutores ocorreram em vias urbanas. Nesse sentido, elas também abrigam a maior parte das fatalidades (54%). Em 64% dos casos os acidentes ocorreram no período noturno. Os tipos de acidente mais comuns são os atropelamentos e as colisões traseiras (26% cada).

Segundo o estudo, entre janeiro e setembro do ano passado, houve 4.152 ocorrências com fuga do condutor.

Também foi identificado que acidentes com este perfil culminaram na morte de 331 pessoas. Dessas vítimas, por exemplo, 47% eram pedestres, seguidas por motociclistas (32%), ocupantes de automóveis (13%) e ciclistas (8%).

“O trânsito seguro é feito de colaboração. Prestar socorro, permanecer no local, ajudar as autoridades e envolvidos é sinal de solidariedade e respeito. A omissão aumenta o risco nas vias. Além disso, com a crescente expansão no uso de videomonitoramento, achar que é possível fugir da sua responsabilidade só demonstra que o condutor não está preparado para conviver no trânsito”, comenta Luiz Gustavo Campos, especialista em trânsito e diretor da Perkons.

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/fugir-do-local-do-acidente-e-crime-mesmo-quando-nao-ha-vitimas/

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Mesmo com a pandemia, número de mortes por acidentes de trânsito cresce no Brasil

Mesmo com a pandemia, número de mortes por acidentes de trânsito cresce no Brasil

Pela primeira vez em oito anos de queda, o número de mortes no trânsito brasileiro volta a subir. Leia os detalhes.

Foram divulgados pelo Ministério da Saúde, os números oficiais de mortes no trânsito brasileiro em 2020. Segundo os dados, morreram 33.497 pessoas em decorrência do trânsito brasileiro. O número é aproximadamente 2,5% maior que o registrado em 2019. Também é maior que o número de óbitos de 2018, quando o Brasil registrou 33.408 mortes por acidentes de trânsito.

É válido lembrar que 2020 foi primeiro ano da pandemia causada pela Covid-19 no Brasil e que, neste ano, havia muitas restrições nas grandes cidades, o que reduziu o número de veículos nas vias brasileiras.

Levando em consideração os dados dos últimos dez anos, é a primeira vez, desde 2012 que os números voltam a subir. A tendência de queda se mostrava contínua e estável.

Veja tabela com os dados de mortes no trânsito brasileiro:

Perfil das vítimas

Conforme os dados do Ministério da Saúde, os motociclistas foram os que mais perderam a vida nas vias e rodovias do Brasil. Foram 12.011 mortos nessa condição. Em seguida estão os ocupantes de automóveis (6.987) e os pedestres (5.120). A faixa etária mais vulnerável, conforme os dados, está entre 20 e 59 anos.

A maioria das mortes ocorreu na Região Sudeste, na sequência aparece a Região Nordeste e em terceiro lugar a Região Sul.

Análise dos dados

O Portal do Trânsito conversou com David Duarte Lima, que é doutor em Segurança de Trânsito pela Universidade Livre de Bruxelas (Bélgica) bem como mestre em Saúde Pública pela Universidade Católica de Louvain (Bélgica), que compilou e analisou os dados do Ministério da Saúde.

De acordo com o especialista, a explicação para o aumento no número de mortes por acidentes de trânsito está relacionada ao tipo de veículo que está envolvido no acidente. Em todas as categorias analisadas, o número de vítimas vem caindo ano a ano, apenas duas apresentam estabilidade ou crescimento: a de ciclistas e a de motociclistas. “Atualmente podemos dizer que cerca da metade do número de mortos no trânsito é decorrente de acidentes envolvendo motocicletas”, justifica Dr. David.

Conforme o Dr. David, a tendência é esse número não reduzir tão cedo.

“A motocicleta é um veículo barato, ágil, além disso consome menos combustível e, em muitos casos, substitui o transporte público. Além disso, ela já vem com um emprego garantido, que é o de entregador”, argumenta.

O especialista ainda cita um ponto que deve ser levado em consideração pelas políticas públicas municipais, estaduais e federal. “No Maranhão, por exemplo, há três vezes mais motos do que habilitados na categoria A. E isso se repete em outros estados. Não há fiscalização e para boa parte da população a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) hoje custa muito caro”, finaliza o especialista.

 

 

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Como o conceito Sistema Seguro e Visão Zero podem ajudar a reduzir acidentes

Como o conceito Sistema Seguro e Visão Zero podem ajudar a reduzir acidentes

A abordagem do conceito parte da premissa de que o erro humano é inevitável, mas as mortes e ferimentos graves no trânsito não são. E, por isso, a gestão da segurança no trânsito deve ser integrada e proativa.

Criado na Suécia no fim da década de 90, o conceito de Sistema Seguro e Visão Zero surgiu como uma forma de promover a segurança viária e reduzir o número de sinistros de trânsito ao redor do mundo.

Com o objetivo de aprofundar o debate sobre o tema, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná promoveu, durante a 1º Jornada Interinstitucional Paranaense para o Trânsito Seguro, uma roda de conversa entre representantes da Secretaria Nacional de Trânsito, do Observatório Nacional de Segurança Viária e integrantes da academia. A mesa de debates foi mediada pelo assessor civil da Secretaria de Segurança do Paraná, delegado Leonardo Bueno Carneiro.

A abordagem do Sistema Seguro parte da premissa de que o erro humano é inevitável, mas as mortes e ferimentos graves no trânsito não são. Os princípios do Sistema Seguro são:

  • nenhuma morte no trânsito é aceitável;
  • os seres humanos cometem erros e são vulneráveis a lesões no trânsito;
  • todos compartilham a responsabilidade. Quem projeta, constrói, gerência, fiscaliza e usa as vias e os veículos. E, também, pelas agentes responsáveis pelo atendimento às vítimas no trânsito e;
  • a gestão da segurança no trânsito é integrada e proativa.

Pnatrans

Diante da meta estabelecida pela ONU e abraçada pelo Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS), de reduzir em 50% as mortes no trânsito até 2030 a formulação de um sistema seguro deve reconhecer a segurança no trânsito como o resultado da interação entre muitos componentes que formam um sistema dinâmico. Influenciando assim, na maneira como as pessoas se comportam nas vias.

O diretor do Departamento de Segurança no Trânsito da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura, Daniel Mariz, aponta que para cumprir essa meta é necessário que exista uma ação integrada por todos os setores da sociedade.

“Todos nós fazemos parte de um sistema. Além disso, compartilha-se a responsabilidade. A grande proposta aqui, é que a gestão da segurança no trânsito seja feita de forma integrada, não de forma isolada”, comenta.

Segurança viária

Magaly Romão, professora dos cursos de Navegação Fluvial, Logística na Faculdade de Tecnologia de Jahu (FATEC) e especializada em Segurança Viária pela LUND UNIVERSITY, ressalta que para cumprir a meta proposta pelo PNATRANS é preciso dar mais atenção às questões comportamentais dos usuários dos sistema viário. “A gente sabe que na segurança viária as coisas não são diretamente proporcionais”, observa.

“Elas podem, devido a complexibilidade,  ter efeitos diferentes, em locais diferentes, e não é uma área do conhecimento  que vai nos dar a resposta, mas uma somatória delas e uma constância.” completa Romão.

A aplicação do Sistema Seguro e da Visão Zero varia de acordo com o local onde irá se utilizar o programa. É preciso que cada cidade crie um sistema próprio com base nos princípios da Visão Zero,  destaca o diretor vice-presidente do Observatório Nacional de Segurança Viária, Mauro Gil. Para ele, é preciso não só que a sociedade como um todo se comprometa com a aplicação dos princípios do Sistema Seguro. No entanto, é preciso que mude a forma de enxergar o trabalho realizado para salvar vidas no trânsito. “Existem diversas formas de trabalhar a visão zero. E cabe a nós identificarmos o modelo que melhor funcione, não é impossível, nós temos que tentar, procurar bem como fazer acontecer”, comenta Gil.

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/como-o-conceito-sistema-seguro-e-visao-zero-pode-ajudar-a-reduzir-acidentes/

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Violência contra o idoso no trânsito: atropelamentos matam mais que outros sinistros

Violência contra o idoso no trânsito: atropelamentos matam mais que outros sinistros

A intenção, no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra o Idoso, é mostrar à sociedade o que é possível fazer para evitar mortes de idosos no trânsito.

Hoje, dia 15 de junho é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência contra o Idoso. A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, com o objetivo de criar uma consciência mundial, social e política sobre a existência da violência contra o idoso e, simultaneamente, disseminar a ideia de não a aceitar como um fenômeno normal.

Dentre tantas violências sofridas pelo idosos, a do trânsito também merece destaque. A intenção é que cada vez mais as pessoas se conscientizem do que é possível fazer para evitar mortes e ferimentos de idosos nas ruas das cidades.

Atropelamentos envolvendo idosos

Conforme o estudo “Mortalidade por acidentes de trânsito em idosos nas regiões do Brasil no período de 2009 a 2018”, de autoria de Meirelayne Borges Duarte, Ana Beatriz Borges Vieira Santos e Flávia Cruz Moraes Sobral, da Universidade de Salvador, foram  registrados, nesse período,  61.580  óbitos  de  idosos no Brasil. Os dados foram coletados no Sistema de  Informação sobre Mortalidade, disponível no DATASUS.

Dos óbitos registrados, de acordo com o estudo, 73,97% eram de pessoas do sexo masculino. A faixa  etária  de  maior  acometimento  foi  acima  de  80  anos e, os atropelamentos são responsáveis por 1/3 ou mais dos óbitos.

Um outro dado chama atenção: os percentuais de óbitos de  idosos  como  motociclistas  nas  regiões  Norte  e  Nordeste  (14,6%  e  18,0% respectivamente). Nestas regiões, eles ocupam  o  segundo  lugar  no ranking,  diferentemente  das outras três regiões onde o segundo lugar corresponde aos óbitos como ocupantes de automóveis.

Segundo a conclusão do estudo, os idosos, especialmente pedestres, são mais vulneráveis à mortalidade por acidente de trânsito, o que pode ser atribuído às limitações próprias do envelhecimento, bem como à  falta  de  atenção  e  infração  às  leis  de  trânsito  por  parte  dos motoristas  e  dos pedestres,  além  da  inadequação  do  planejamento  urbano,  dentre  outros fatores.

“Sendo  assim,  é  necessário  investir  tanto  em  medidas  educação  para  o  trânsito  na tentativa de torná-lo mais seguro, como na atenção integral à saúde da pessoa idosa, no intuito de minimizar as suas vulnerabilidades”, concluem as pesquisadoras.

Fragilidades

Outra pesquisa, agora da Direção Geral de Tráfego (DGT), da Espanha, também mostra que os idosos têm o seu aspecto mais vulnerável quando circulam como pedestres. E alguns dos principais problemas enfrentados por eles nesta situação são distinguir a cor das luzes e perceber a velocidade efetiva dos veículos na via. Além disso, a distração, presente, com mais frequência, nos idosos acima de 70 anos.

Ainda de acordo com a pesquisa, os pedestres idosos enfrentam um conjunto de obstáculos nas ruas. Dentre eles estão, por exemplo, o excesso de velocidade do veículo, a condução imprudente e, em muitos casos, o curto espaço de tempo do semáforo para pedestre.

Conforme a Sociedade Brasileira de Ortopedia a Traumatologia (SBOT), o cenário é mais grave ainda, pois a recuperação de um acidente depois dos 60 anos é mais lenta, requer mais cuidados e, em muitos casos, piora a saúde do idoso, devido a complicações que ocorrem quando a pessoa precisa permanecer na cama, imobilizada, deitada de costas, durante muito tempo .

Para Celso Alves Mariano, especialista e diretor do Portal do Trânsito, se nada for feito em relação a participação dos idosos no trânsito, a tendência é a situação piorar.

“A solução não está em incentivar o idoso a não usar o trânsito. Para qualquer pessoa idosa é muito importante manter a sua participação ativa na sociedade, movimentando-se livremente como um pedestre ou como motorista. A independência, assim como a autonomia que o trânsito oferece são indispensáveis para manter a sua qualidade de vida”, diz Mariano.

Dicas de segurança

De acordo com Mariano, algumas dicas são muito importantes para reduzir violência contra o idoso e garantir a segurança deles como pedestres.

Para os pedestres

•    Para atravessar a rua, esperar sempre o sinal de pedestre ficar verde ou nos locais sem semáforo, pedir ajuda para outra pessoa.

•    Nunca parar no meio do cruzamento e atravessar em linha reta.

•    Ao andar na calçada, preferir ficar longe do meio-fio, e dessa forma, evitar que uma tontura ou tropeço leve o idoso a cair na via, perto dos carros.

•    Evitar carregar peso.

•    Usar sapatos adequados e ter muito cuidado com buracos, bem como troncos de árvores ou locais acidentados, que podem causar uma queda;

•    Ao sair de um veículo, escolher o lado da calçada para desembarcar.

Para os condutores

•    Dar uma oportunidade real para o pedestre utilizar as vias.

•    Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade bem como redobrar a atenção.

•    Tentar prever a reação do pedestre.

•    Ser gentil, assim como facilitar as travessias dos pedestres, sempre que possível.

•    Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pedestres concluam travessias já iniciadas. Além disso, demonstrar paciência e não apressar o idoso;

•    Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se sente vítima da intolerância de outros condutores.

Expectativa de vida

A expectativa de vida dos homens passou de 72,8 anos em 2018 para 73,1 anos em 2019 e a das mulheres foi de 79,9 anos para 80,1 anos. Desde 1940, a esperança de vida do brasileiro aumentou em 31,1 anos. Uma pessoa nascida no Brasil em 2019, por exemplo, tinha expectativa de viver, em média, até os 76,6 anos.

“A expectativa de vida dos idosos no Brasil vem crescendo ano a ano. Essa é uma grande notícia. No entanto, ela vem acompanhada de grandes desafios, e um deles é adaptar o trânsito a essa nova realidade”, conclui Mariano.

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/violencia-contra-o-idoso-no-transito-atropelamentos-matam-mais-que-outros-sinistros/

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Mesmo com a pandemia, aumenta o número de internações por acidentes de trânsito no Brasil

Mesmo com a pandemia, aumenta o número de internações por acidentes de trânsito no Brasil

Em 2021 houve um aumento de 10% no número de internações por acidentes de trânsito, mesmo com a pandemia causada pela Covid-19.

Os últimos dois anos foram marcados pela pandemia causada pela Covid-19 que assolou o mundo inteiro. No Brasil, por exemplo, mais de 665 mil pessoas morreram em decorrência da doença. Agora, com a maioria da população já vacinada, os números parecem estar sob controle. O mesmo, porém, não podemos dizer sobre o trânsito brasileiro. Mesmo com a restrição de circulação nos dois anos anteriores, o Brasil registrou um aumento no número de internações por acidentes de trânsito.

Conforme dados do Ministério da Saúde, o país registrou, em 2020, 187.888 internações de pessoas envolvidas em acidentes de trânsito. Já em 2021, o número aumentou 10%, indo para 207.969. Nos dois primeiros meses de 2022 já houve o registro de 31.780 internações nessas mesmas condições.

Considerado apenas o período de janeiro a julho, em 2021 o número de internações de motociclistas bateu recorde histórico, alcançando 71.344 casos graves e que exigiram a hospitalização do motociclista.

Acidentes com motos

Em razão do Maio Amarelo, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO) também divulgou alguns dados recentes. Somente no primeiro trimestre deste ano, cerca de 25% dos pacientes transferidos para a unidade, encaminhados de outros serviços de saúde, sofreram algum tipo de acidente de trânsito.

De acordo com o Instituto, o dado faz parte de um mapeamento, iniciado em janeiro, que tem como finalidade identificar os principais tipos de acidente e as consequentes lesões ortopédicas e sequelas.

“Apesar de não possuir atendimento de emergência, o INTO recebe muitas vítimas de acidentes de trânsito encaminhadas de outras unidades de saúde. É importante entender o perfil desses pacientes, bem como os modais que registram mais acidentes para adotarmos estratégias de prevenção”, explica a diretora do INTO, Germana Bahr.

Os acidentes com motos foram os mais registrados, representando 55% dos casos de trauma recebidos pelo Instituto. Em seguida, estão as vítimas de atropelamentos (26%), além dos incidentes com bicicletas (13%) e carros (6%).

Os jovens adultos do sexo masculino, com idade entre 20 e 39 anos, por exemplo, representam o maior número de internados.

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/mesmo-com-a-pandemia-aumenta-o-numero-de-internacoes-por-acidentes-de-transito-no-brasil/

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Cresce o número de mulheres motoristas profissionais

Cresce o número de mulheres motoristas profissionais

Em São Paulo, o número de mulheres motoristas profissionais cresceu 17,54% na comparação entre os anos de 2019 e 2021.

Dados do Detran/SP apontam que a presença feminina no trânsito aumentou no último ano em todo o estado de São Paulo. E, agora, representa 23% do total de motoristas que trabalham na condução de veículos e que possuem essa informação em suas habilitações.

Conforme o órgão, o número de motoristas mulheres que exercem atividade remunerada cresceu 17,54% na comparação entre os anos de 2019 e 2021. Nesse sentido, o contingente de mulheres paulistas que incluíram a observação “Exerce Atividade Remunerada” (EAR) na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passou de 1.023.237, em 2019, para 1.202.747, em 2021.

O total é o maior dos últimos cinco anos.

Essa realidade também está presente nas ruas de outros estados brasileiros. A paranaense Rosemeira Martins, 56 anos, é um exemplo. Ela transformou o transporte de passageiros no seu trabalho diário, cumprindo horário bem como mantendo uma rotina constante, durante toda a semana. E ela não se contenta enquanto não completa o número esperado de corridas por dia e busca sempre estar na melhor categoria do aplicativo.

“Comecei a trabalhar dirigindo antes mesmo do aplicativo. Após o falecimento do meu marido, há 13 anos, eu assumi os negócios, peguei o caminhão de pequeno porte e comecei a entregar produtos de alimentação em toda a cidade. Trabalhava todo dia, de segunda a sábado. No início tinha medo de dirigir, mas a necessidade me forçou a ir atrás do meu sustento e do meu trabalho”, conta.

Após alguns anos, Rose, como é conhecida, estimulada pela irmã e com a ajuda dos filhos, decidiu transportar pessoas. “Lembro que depois da primeira corrida eu tremia muito, de nervosa. As duas primeiras passageiras foram mulheres, o que deixou a situação um pouco mais tranquila. Mas logo me acostumei; é comum ouvir dos homens que dirijo muito bem e todos se espantam quando sabem que já conduzi caminhão”, comenta.

Outro levantamento, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), com dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), revela que o Brasil contava com 25,8 milhões de motoristas mulheres até março de 2021, o equivalente a 35% do total de CNHs válidas no país.

De acordo com o diretor da Perkons, Luiz Gustavo Campos, a presença de mulheres motoristas profissionais leva também a uma visão amplificada sobre a importância da segurança nas ruas e vias. Segundo ele, uma pesquisa realizada pela Abeetrans, em 2019, mostra que as mulheres aprovam mais o controle de velocidade e isso contribui para um trânsito mais seguro. “83,9% das mulheres entrevistadas, entre pedestres e condutoras, aprovam o uso de radares para controle da velocidade, diante de 74,3% do público masculino”, explica. “Isso traduz muito do que estamos vendo nesses últimos anos. O crescimento do número de mulheres que encaram o trânsito como trabalho e, além disso, buscam ter um lugar seguro para isso”, ressalta.

As informações são da Perkons

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/cresce-o-numero-de-mulheres-motoristas-profissionais/

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Notícias Divulgação de rachas na internet: Congresso mantém vetos e não haverá punição

Divulgação de rachas na internet: Congresso mantém vetos e não haverá punição

A Lei, que foi vetada praticamente na íntegra, pretendia punir a divulgação de rachas na internet.

O Congresso Nacional votou nesta tarde (28/04), através de cédulas eletrônicas, pela manutenção dos vetos do presidente Jair Bolsonaro à Lei 14.304/21, publicada em fevereiro deste ano. A Lei previa punir a divulgação de rachas na internet, além de outras infrações que colocassem em risco a segurança no trânsito.

A norma tinha como objetivo vedar a divulgação, a publicação ou a disseminação do registro visual da prática de infrações de trânsito na internet, em redes sociais ou em quaisquer outros meios de divulgação digitais, eletrônicos ou impressos, que colocassem em risco a segurança no trânsito. Um dos exemplos dessa prática é a corriqueira divulgação de rachas na internet, mais precisamente em canais no Youtube.

A Lei recebeu vetos do presidente Jair Bolsonaro em praticamente todo o seu conteúdo. O artigo que não recebeu veto do presidente, por exemplo, não tratava especificamente do tema original da lei. Agora, a maioria dos deputados federais e senadores que participaram da sessão conjunta do Congresso Nacional, manteve esses vetos. Para a rejeição de um veto seria necessária a maioria de votos, ou seja, pelo menos 257 votos de deputados e 41 votos de senadores.

Veja aqui como votou cada Deputado Federal

Conforme a deputada federal Christiane Yared (PL-PR), autora do Projeto de Lei 130/20, que deu origem à lei, a manutenção dos vetos da lei que previa punir a divulgação de rachas na internet é lamentável.

“Uma vergonha que custará vidas”, afirmou a deputada.

O PL 130/20, aprovado na Câmara e no Senado, instituía que a prática teria como punição multa correspondente a infração gravíssima multiplicada por dez. Isso corresponderia, atualmente, ao valor de R$ 2.934,70. Além disso, o infrator teria o seu direito de dirigir suspenso por 12 meses e poderia ter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) cassada se reincidisse na conduta no prazo de dois anos.

Todo o conteúdo recebeu o veto do presidente Bolsonaro que disse ter ouvido o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e o Ministério da Infraestrutura.

O texto original da lei que puniria a divulgação de rachas na internet também previa, por exemplo, a adoção de medidas cabíveis para impedir divulgações deste conteúdo. Nesse sentido, empresas, plataformas tecnológicas ou canais de divulgação de conteúdos nas redes sociais ou em quaisquer outros meios digitais, deveriam coibir essa prática. Essa parte também recebeu o veto com a justificativa de que seria uma “censura prévia”.

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/divulgacao-de-rachas-na-internet-congresso-mantem-vetos-e-nao-havera-punicao/

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PRF registra aumento de 37% no número de pessoas dirigindo alcoolizadas no feriado

PRF registra aumento de 37% no número de pessoas dirigindo alcoolizadas no feriado

A Operação Tiradentes 2022, da PRF, flagrou 1.379 pessoas dirigindo alcoolizadas no feriado, um número 37% maior que o registrado na Semana Santa.

A Operação Tiradentes, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), flagrou neste feriado de Tiradentes um número 37% superior de pessoas dirigindo alcoolizadas do que o registrado na Operação Semana Santa. Segundo balanço divulgado pela PRF nesta segunda-feira (25), entre a quinta-feira (21) e ontem (24), foram realizados 52.504 testes de alcoolemia e 1.379 flagrados com o nível de álcool acima do permitido.

Ainda conforme o balanço, 4.460 motoristas foram autuados por ultrapassagem proibida e 3.504 motoristas e passageiros pelo não uso do cinto de segurança. Em comparação ao mesmo período de 2019, houve uma redução de 9% em relação à infração de ultrapassagem e aumento de 31% em relação ao não uso do cinto de segurança.

Agentes

De acordo com a PRF, nos quatro dias de operação, houve a abordagem de 91.368 pessoas e 80.474 veículos em todas as rodovias do país. Para a força tarefa, foram empregados 9.877 policiais.

“É importante destacar que, neste ano, houve um aumento de 38% de pessoas fiscalizadas e, além disso, 55% de veículos fiscalizados com abordagem em relação ao ano de 2019. No entanto, os dados ainda demonstram que o comportamento de muitos condutores coloca em risco a segurança de todos os usuários das rodovias. Nesse sentido, se mostra necessária a conscientização de cada cidadão envolvido no trânsito”, destacou o órgão em nota.

Acidentes graves

Com foco na prevenção, a PRF ressalta uma redução significativa de 49% de acidentes graves, os classificados quando há ao menos um morto, e de feridos, 74% a menos, em relação ao mesmo período de 2019, com o registro de 106 acidentes com mortos e 274 com feridos.

No entanto, o número de mortes nas rodovias federais foi 22% maior do que o mesmo feriado de 2019, com 66 ocorrências.

Combate ao crime

Neste feriado, todos os números de combate ao crime também tiveram um aumento significativo. A PRF apreendeu, por exemplo, 11.020 maços de cigarro contrabandeados; 1,5 toneladas de maconha; 37 Kg de cocaína; além de 11 armas de fogo. Em relação ao mesmo feriado de 2019, o aumento foi de 930%; 433%, 37% e 57%, respectivamente. A PRF recuperou 88 veículos roubados, bem como realizou 527 prisões.

As informações são da Agência Brasil

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/prf-registra-aumento-de-37-no-numero-de-pessoas-dirigindo-alcoolizadas-no-feriado/

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PL prevê mudanças na regra de preferência em cruzamento não sinalizado

PL prevê mudanças na regra de preferência em cruzamento não sinalizado

A proposta prevê que terá preferência em cruzamento não sinalizado em vias com diferentes números de faixas, o condutor que estiver trafegando na maior via. 

O Projeto de Lei 758/22 altera regra no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) sobre preferência de passagem em cruzamento não sinalizado.

Atualmente, O CTB diz que em cruzamento não sinalizado, tem preferência de passagem o veículo que se aproximar pela direita do condutor. Para o deputado Kim Kataguiri (União-SP), porém, que é o autor da proposta, embora a lei determine a preferência do veículo que está à direita, ninguém sabe ou faz esse raciocínio numa situação real de tráfego.

Pela regra proposta pelo parlamentar, no caso de vias com número de faixas distinto, terá preferência aquele que estiver trafegando pela via com maior número de faixas de trânsito. Nos demais casos, os condutores deverão obrigatoriamente parar seus veículos fora da região do cruzamento. E, após a parada, terá preferência de passagem aquele que primeiro chegar na região do cruzamento.

“É sugerida a adoção de uma regra objetiva, que diminui a suscetibilidade a interpretações judiciais conflitantes, aumentando a segurança jurídica, bem como reduz a probabilidade de ocorrência de avaliações equivocadas por parte dos condutores – seja por desconhecimento da regra vigente, seja pela dificuldade em avaliar a lateralidade [julgamento a respeito do que seja “direita” e “esquerda”] ao se aproximar de um cruzamento não sinalizado”, afirma Kataguiri.

O deputado ressalta ainda que a proposta se aproxima da jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça.

Tramitação

A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes; bem como a de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Regra em cruzamentos

De acordo com o CTB, nas vias nas quais não há sinalização específica a preferência é:

  1. no caso de apenas um dos fluxos ser proveniente de rodovia, daquele que estiver circulando por ela;
  2. no caso de rotatória, daquele que estiver circulando por ela;
  3. nos demais casos, de quem vier pela direita do condutor.

Com informações da Agência Câmara de Notícias

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/pl-preve-mudancas-na-regra-de-preferencia-em-cruzamento-nao-sinalizado/

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Operação Semana Santa 2022 terá reforço de fiscalização da PRF

Operação Semana Santa 2022 terá reforço de fiscalização da PRF

Conheça dicas para uma viagem de carro segura durante o feriado que contará com a Operação Semana Santa 2022 e reforço de fiscalização.

A Operação Semana Santa 2022, da Polícia Rodoviária Federal, terá início na quinta-feira (14) e se encerra no domingo (17) de Páscoa. Os horários da operação podem variar, adaptando-se às características de movimentação rodoviária de cada unidade federativa.

Conforme o órgão, a operação tem por objetivo “promover a segurança viária nos deslocamentos pelas rodovias federais”. Entre as ações previstas está o reforço do efetivo em serviço, de forma a aumentar a visibilidade do policiamento ostensivo.

Serão também implementadas ações direcionadas a “locais e horários nos quais as estatísticas demonstram haver maior incidência de acidentes graves e maior fluxo de veículos”.

Em algumas localidades, o horário de maior fluxo projetado para a movimentação dos viajantes é a manhã do dia 14 e a tarde do dia 15, para a ida; e a manhã do dia 17 e do dia 18, para a volta.

Um dos principais focos da PRF é combater a mistura de álcool e direção, motivo que, segundo o órgão, está entre as principais causas de acidentes de trânsito com vítimas gravemente feridas.

“Quem bebe e dirige coloca em risco não só sua própria segurança, mas também a dos passageiros e a de terceiros”, alerta a PRF.

As equipes da PRF terão bafômetros à disposição. “Dirigir sob o efeito do álcool reduz a capacidade de reação do motorista, colocando em risco a segurança de todos os usuários das rodovias. É preciso que toda a sociedade se conscientize de que beber e dirigir são atividades incompatíveis”, complementa.

Os policiais estarão atentos também com relação ao uso do cinto de segurança e demais dispositivos de retenção obrigatórios. O uso do celular ao volante também é alvo da operação.

“A PRF também intensificará sua atuação no combate ao crime, ou seja, em especial realizando abordagens focadas nas informações do serviço de inteligência e na utilização de ferramentas de comunicação, para prender criminosos, recuperar veículos roubados e retirar armas ilegais, drogas e produtos contrabandeados de circulação”, informou.

Motoristas de transporte de cargas deverão ficar atentos porque o trânsito “de veículos especiais” ficará restrito a algumas localidades para aliviar o trânsito durante a Operação Semana Santa 2022.

Dicas de segurança

A PRF preparou algumas dicas para os motoristas que pegarão estrada neste feriado. Atenção às regras de trânsito e cuidados com o automóvel são fundamentais para uma viagem segura.

“É importante que se faça a conferência dos itens de segurança do veículo, calibrando os pneus e observando os sulcos dos pneus, além disso, checando o bom funcionamento dos limpadores de para-brisas e testando o funcionamento da iluminação como faróis, lanternas traseiras, setas, luzes de freio e ré”.

Conforme a PRF, o uso do cinto de segurança é obrigatório a todos no carro: condutor e passageiros. É também sugerido que os viajantes fiquem atentos para as regras de uso da cadeirinha para as crianças. “É fundamental planejar a viagem, buscando evitar, na medida do possível, os horários de pico”.

O órgão também alerta para a importância de descanso do motorista: “A cada três ou quatro horas de viagem, é recomendável uma pausa para descanso ou revezar a direção do veículo. Eventuais paradas no acostamento devem ser feitas apenas em caso de emergência, com pisca-alerta ligado e triângulo a pelo menos 30 metros do veículo”.

Segundo a PRF, as ultrapassagens proibidas são as grandes responsáveis pelos acidentes graves nos trechos de pista simples. “Somente ultrapasse quando a sinalização permitir e, além disso, quando tiver certeza de que a manobra é segura”.

No caso de motociclistas, por exemplo, a PRF destaca a obrigatoriedade para o uso de capacetes, tanto para o motoristas como para quem esteja na garupa. “Sempre com a viseira baixa”, acrescenta ao lembrar que a viseira evita que insetos, fumaça e poeira afetem a visão do condutor. São indicadas roupas como capa ou macacão impermeáveis, para o caso de chuvas, durante o percurso.

Chuvas

Como há previsão de chuvas em algumas regiões do país, a PRF apresentou algumas dicas para motoristas que trafegam em locais com visibilidade reduzida ou pistas molhada: ultrapassar apenas com segurança, evitar locais alagados, bem como usar sempre o farol baixo.

É também indicado que se mantenha distância segura entre veículos em movimento e redobrar o cuidado em curvas e durante frenagens bruscas. Checar os pneus e limpadores de para-brisas é ainda mais importante nessas situações, bem como manter os vidros sempre desembaçados.

Como a visibilidade fica prejudicada em situações de chuva, a PRF alerta para a necessidade de redobrar a atenção em locais de travessia de pedestres. “Em caso de chuva forte, por exemplo, a orientação é estacionar o veículo em local seguro”, complementa.

As informações são da Agência Brasil

 

Fonte: Portal do Trânsito.

Link: https://www.portaldotransito.com.br/noticias/operacao-semana-santa-2022-tera-reforco-de-fiscalizacao-da-prf/